A Porta
Esse é um poema adaptado da obra do poeta brasileiro Vinícius de Moraes
Eu sou de madeira
Madeira, madeira morta.
Mas ninguém é mais vivo
Do que uma porta.
Eu abro devagar
Para o menino passar.
Eu abro com cuidado
Para passar o namorado
Abro ligeira
Para passar a cozinheira
Abro de supetão
Para passar o capitão.
Só não abro para essa gente
Que abre a porta como quem não se importa.
E que xinga todo mundo
“Você é burro feito uma porta”
Fique sabendo: eu sou muito inteligente!
Eu fecho a entrada da casa
Fecho a frente do quartel
Fecho tudo nesse mundo
Mas fico sempre aberta no céu.
A obra completa pode ser acessada aqui: https://www.viniciusdemoraes.com.br/pt-br/poesia/poesias-avulsas/porta